2º dia de competição, começou com muitas estreias nestas andanças. No DMT e TUM, os júniores foram as estrelas, muitas delas, estreias!
Começou pela competição que nos júniores, mais tradição tem para Portugal, o DMT Masculino. Saltaram no grupo dos favoritos, as equipas Portuguesa e Russa em ação. Destaque para Tiago Romão, tal como se esperava, lidera ao final das preliminares. Tirando uma falha de Miguel Magalhães na 2ª série, os restantes estiveram à altura do que se pedia. Afonso Fernandes garantiu igualmente um lugar nas finais com duas séries bem seguras e Diogo Fernandes, como mais inexperiente da equipa, cumpriu com o que se pedia. Estão a manter a tradição e dão boas expectativas para a final, certamente no Sábado vão dar luta forte aos russos, que são claramente favoritos à vitória.
No tumbling feminino, as duas ginastas tinham uma tarefa muito difícil, já que todos se lembram da performance das júniores em Guimarães. Apesar de não terem conseguido chegar às finais, ambas realizaram as suas séries de acordo com o previsto e por isso cumprindo com o objectivo. Inês Moreira foi 13ª e Maria Barba foi 18ª, mais um sabor agridoce, uma vez que a Inês é primeira reserva para a final.
Após a interrupção, foi um grupo muito agitado, com Diogo Vilela no tumbling, juniores femininos no DMT e seniores no trampolim a saltarem ao mesmo tempo, foi um momento com bastante apoio na bancada.
Diogo Vilela era o único junior português em competição no tumbling, mas marcou a sua posição de forma excelente, com 2 séries com algumas falhas de execução, mas com bastante margem de progressão e muita garra, que lhe permitiu que no final da prova conseguisse um lugar na final! Destaque claro para o Diogo!
No DMT feminino, as ginastas estiveram ao nível esperado. Não fosse uma falha de Ana Oliveira na primeira série e seria um pleno de séries realizadas. De qualquer forma, deixam boas perspectivas para a final por equipas, uma luta que será certamente renhida com as espanholas e as russas. Beatriz Peng trouxe a experiência de Guimarães e foi a melhor portuguesa em prova, apurou-se em 6º, enquanto que Lilas Poting irá em 8º para a final. Sara Guido ficou logo atrás de Lilas, ficou de certeza contente com o seu desempenho!
O trampolim mostrou uma vez mais a sua evolução positiva e num europeu, com menos competição do que no mundial, era esperado um destaque nos lugares cimeiros para os ginastas lusos.
Do lado feminino, Ana Rente esteve um pouco abaixo do seu potencial, com algumas falhas de execução e algum travelling. Beatriz Martins esteve muito bem, apesar de ter baixado bastante na f2, penalizando o seu TOF. Ainda assim, uma prova muito boa das portuguesas. Os comentários sobre as falhas sobressaem porque estamos bem habituados :). Ambas passaram à semi final, sendo que Ana Rente está no top 12. Pena não existir uma terceira ginasta, já que uma final por equipas poderia ser uma realidade.
Os rapazes tinham responsabilidade acrescida, já que em Guimarães foram 2º por equipas. Mas as expectativas foram até ultrapassadas, já que os 4 ficaram e lugar de semi-final. Ricardo Santos foi o primeiro a saltar, foi o mais penalizado essencialmente na execução, tendo que alterar bastantes saltos na f2 devido a travelling. Ainda assim, julgamos que fez as melhores opções, garantindo uma boa prestação e dando confiança para uma final por equipas forte.
Todos os restantes fizeram prestações bastante sólidas com destaque para Diogo Ganchinho que lidera a equipa portuguesa após as preliminares. Todos estão no top 12, será uma semi final muito interessante e com boas perspectivas de presença na final individual, para além de manter a esperança numa medalha por equipas.
Demorou uma hora de pausa até retomarmos a competição, logo com as finais por equipas de trampolim, onde o nosso quarteto fantástico estaria presente com concorrência forte da Rússia e da Bielorrússia e alguma concorrência menos forte da Bélgica e da Geórgia.
As perspectivas confirmaram-se todas. Os nossos primeiros 3 ginastas foram exemplares, com séries muito bem realizadas, pequenas falhas sem gravidade e muito homogéneos. A Rússia mostrava-se bastante longe da nossa equipa, a Bélgica e a Geórgia tiveram falhas e séries menos boas, restando a Bielorrússia na competição com Portugal. No aquecimento para as finais um dos elementos lesionou-se e a equipa tinha apenas 3 elementos, qualquer falha seria fatal. Mas tinham na equipa o atual campeão europeu (U.Hancharou) e o mais veterano de todos os ginastas de trampolins (M.Kazak), realizando ambos séries de elevadíssimo nível, principalmente Hancharou, com mais de 60 pontos.
Neste cenário, Diogo Ganchinho foi realizar a única opção possível: arriscar. Tentou uma série mais difícil para elevar a fasquia e pressionar os ginastas de leste, mas o resultado não foi o melhor, com uma falha ao segundo elemento. A porta estava então aberta, sendo necessário apenas cerca de 51 pontos para os bielorrussos passarem para a medalha de prata. Fizeram algo que se vê pouco, muito menos vindo de quem veio: Zhuk realizou uma série começando com 3 – < e terminando com alguns múltiplos. Da bancada ouviu-se um “bah”…eram os portugueses que ainda tinham esperança de repetir o resultado de Guimarães.
Dito isto, parece até que a medalha de bronze sabe a pouco, mas na realidade, esta equipa está de parabéns pelo excelente resultado. Mais uma medalha por equipas na modalidade olímpica, ainda por cima no segundo europeu consecutivo, é de louvar e realçar. Poucas são as palavras que podemos utilizar para descrever o exemplo que são estes ginastas para todos nós! Exemplo de trabalho, de competição, de concretização, de amizade, de companheirismo, de humildade e de sucesso, e de…!
Hoje destacamos os ginastas, mais do que todos os outros que também são naturalmente parte deste resultado! Obrigado pelo que são e muitos parabéns!
Deixamos atualizado o calendário para os próximos dias.