3º dia de competição, teremos em competição:
09:00 Qualificação TU e DMT Júniores
Mafalda Brás 4ª (1º grupo)
Sofia Correia 7ª (1º grupo)
Beatriz Peng 9ª (1º grupo)
Mariana Carvalho 11º (1º grupo)
Miguel Magalhães 3º (1º grupo)
Luís Afonso 6º (1º grupo)
Marco Laginha 8º (1º grupo)
Tiago Romão 10º (1º grupo)
Beatriz Botelho 2ª (1º grupo)
Inês Botelho 4ª (1º grupo)
Raquel Pinto 6ª (1º grupo)
João Saraiva 20º (3º grupo)
André Santos 22º (3º grupo)
14:00 Qualificação TRI Séniores
Andreia Robalo 39ª (5º grupo)
Sílvia Saiote 42ª (5º grupo)
Ana Pacheco 44ª (5º grupo)
Beatriz Martins 46ª (5º grupo)
Tiago Lopes 56º (6º grupo)
Diogo Abreu 60 (6º grupo)
Ricardo Santos 63º (6º grupo)
Diogo Ganchinho 65º (6º grupo)
19:00 Finais por equipa TU e DMT Júniores
20:15 Finais por equipa TRI Séniores

3º dia de competição, após uma noite a dormir e a sonhar com as medalhas conquistadas, ontem foi iniciado pelo tumbling feminino júnior. A honra coube a Beatriz Botelho, ginasta que executou com uma velocidade incrível a sua série de mortais, terminando com 8 – – / e uma recepção um pouco descontrolada. A ginasta saíu da pista um pouco descontente, mas sem grande razão, pois fez uma boa série. Seguiu-se Inês Botelho, a irmã gémea, que realizou uma série um pouco menos veloz e com algumas falhas de execução. A recepção foi quase perfeita. A 3ª ginasta, Raquel Pinto, medalhada nos últimos CMGI, realizou a série com uma excelente execução, apenas com pequenas falhas nas ligações dos tempos, quebrando a velocidade um pouco, mas globalmente uma excelente performance que a levou para a liderança do grupo ao final da 1ª passagem.
Segunda passagem para uma impressionante série da Beatriz, full a meio e 8 2 2 o no final, novamente com uma velocidade incrível e, desta vez, com uma recepção muito melhor, tendo ficado satisfeita e tem todas as razões para o estar. Inês seguiu-lhe com uma ligeira alteração em relação à irmã, terminou com 8 2 – o, novamente com menos execução e menos velocidade, ainda assim o suficiente para a levar para os primeiros lugares do grupo, à frente da maior parte das bielorussas, que competiram no mesmo grupo. A maior esperança portuguesa nesta categoria não deixou os créditos por mãos alheias. Raquel realizou com excelente execução e elevou a dificuldade, realizando full a meio e 8 2 2 / final, e liderou a competição no final do grupo, garantintindo o apuramento para a final!
O técnico da selecção nacional de tumbling, Luís Nunes, também técnico destas 3 ginastas no clube, tem todas as razões para estar satisfeito pelas classificações e pelas performances. Raquel 2ª, Beatriz 8ª e Inês 18ª. Equipa apurada em 4º para as finais.
Um pouco depois das 10h30 foi a vez dos rapazes do DMT iniciarem competição. Miguel Magalhães, que evoluiu bastante no último ano, mostrou bastante segurança, apenas uma pequena falha na recepção e falta de forma no 8 2 2 /, mas muito bem. Luís Afonso foi o 2º a saltar, excelente 1º salto, muito alto, mas algo se passou no 8 2 2 /, não conseguiu terminar as piruetas e acabou com uma pequena lesão no pé e uma queda algo aparatosa, série para 1 salto apenas. Marco Laginha mostrou mais serenidade e, apesar de não ter realizado uma série limpa, porque a recepção não foi na box, foi suficiente para se manter na corrida. O “capitão de equipa”, Tiago Romão, vencedor dos últimos CMGI, foi o último a saltar e mostrou que se mantém em forma. Óptima execução, 1 passo grande na recepção, mas na box, foi para 2º do grupo no final da 1ª passagem.
2ª passagem, Miguel Magalhães manteve a maturidade que já mostra e apesar de ter caído com um pé fora da box, realizou uma excelente prova. Já Luís Afonso, apenas se apresentou no início da corrida, uma vez que a lesão é mais séria do que ele desejaria, e não conseguiu realizar a 2ª série. Marco Laginha foi assim o 2º português a realizar a 2ª série e fê-lo da melhor maneira, com excepção da recepção, colocando um pé fora da zona B, dedução adicional de 0,10. Tiago Romão apostou na segurança e gastou os dois 8 – 1 de entrada, recepção fora da box, mas garante presença na final. No final do grupo dos portugueses temos Tiago Romão em 1º e Marco Laginha em 3º, apurados para as finais individuais.
Boas performances, a equipa ficou apurada para a final em 2º, resultados individuais: Tiago Romão 1º, Marco Laginha 5º, Miguel Magalhães 9º, Luís Afonso 20º.
Tempo para voltar ao DMT depois de quase 2h. Em primeiro lugar por Mafalda Brás, que foi muito bem sucedida no seu 8 – – o, 8 – 1 <. Sofia Correia realizou a mesma série, muito semelhante, sem grandes erros a assinalar. A mesma estratégia foi seguida por Beatriz Peng e Mariana Carvalho, mas com sortes diferentes. Beatriz ficou muito curta e o colchão de segurança entrou para evitar males maiores. Já Mariana Carvalho, fez um salto de spotter invertido, quase para fora do DMT e, apesar de ter conseguido seguir, a nota foi fortemente penalizada pela falta de forma.

A 2ª passagem começou com uma queda pouco esperada de Mafalda Brás. A ginasta realizou uma série com pouca execução e pouco controlo na recepção, caindo para trás. Já “Sushi”, não arriscou na 2ª série e realizou uma passagem limpa sem falhas e com recepção na box. Ainda teve tempo para dar um abraço a Beatriz Peng para lhe dar força para a 2ª série. A força passou, e Beatriz elevou bastante o seu nível com 8 – 1 o, 8 – – < altíssimo, apenas com pernas ligeiramente dobradas, mas recepção na box, bom contributo para a equipa! Mariana Carvalho arriscou a mesma série que Beatriz e teve uma performance bastante similar, muito bem!
Resultado das preliminares para as ginastas portuguesas: Mariana Carvalho 6ª, Sofia Correia 7ª, Mafalda Brás 16ª, Beatriz Peng 20ª. Equipa apurada em 2º para a final.
No tumbling masculino, apenas 2 ginastas em competição pelas cores lusas. João Saraiva iniciou a competição com a série de mortais simples, terminando com 8 – – <. Série limpa, sem grande dificuldade, cumprindo. André Santos foi o ginasta que se seguiu, confortado pela fisioterapeuta, realizou uma série muito veloz e com um bonito 8 – – / no final, a dificuldade é também curta para a competição, mas bem executada.
2ª passagem para João Saraiva, iniciou com rondada – full e terminou com 8 2 – <, pernas dobradas, mas novamente cumprindo com o esperado. André Santos realizou a mesma série que o seu companheiro, com mais velocidade e melhor execução.
Missão cumprida, era muito difícil de chegar às finais individuais e não tinham equipa.
Foi uma longa espera até voltarmos a ver portugueses em competição. Andreia Robalo teve o privilégio de trazer os aplausos do público de volta em maior força. A sua primeira série não foi isenta de falhas, algum deslocamento e falhas de execução foram os principais problemas para uma série completa. Sílvia Saiote foi a 2ª a entrar em acção, completou a sua série sem grandes falhas, apenas com alguns deslocamentos, assim como Ana Pacheco, esta com muito pouco deslocamento, mas perdendo um pouco no TOF. Beatriz Martins foi a última a entrar em acção, com a responsabilidade perceptível de capitanizar a equipa na ausência de Ana Rente. O 8º elemento foi muito fora do centro, mas os gritos de força vindos da bancada deram-lhe força para completar a F1.
Na 2ª volta das séries, Andreia Robalo fez 10 saltos, apesar de terem sido com TOF muito baixo e execução baixa. 20 saltos conseguidos, esse objectivo ninguém lhe tira! Sílvia Saiote também conseguiu o seu objectivo e terminou mesmo a prova com um “punch in the air” de felicidade por ter feito uma boa série, apenas com algum deslocamento e um ou outro pormenor. Uma prova bastante bem conseguida por parte da Sílvia, mostrando que o facto de ter sido reserva olímpica não foi por acaso. Ana Pacheco completou as 6 séries necessárias para terem hipóteses por equipas, apesar de não ter sido uma série extraordinária, cumpriu com o que era exigido. Beatriz Martins foi a última ginasta a saltar deixando o melhor para o fim! Uma série muito boa, cheia de garra apesar de algumas falhas de execução, principalmente pernas dobradas. Mas foi uma série muito boa, com bom TOF e dificuldade, terminou a série a agradecer ao público o apoio e muito feliz.

Com estas notas, a equipa classifica-se num histórico 4º lugar, também não nos recordamos que tenha havido alguma equipa feminina numas finais de europeus ou mundiais.
Resultados finais: Sílvia Saiote 11ª (2ª reserva), Beatriz Martins 14ª, Andreia Robalo 21ª, Ana Pacheco 24ª.
No último grupo de competição saltaram os rapazes, começando por um super estável Tiago Lopes na F1, excelente série, sempre no meio do trampolim. O seu par sincronizado ainda elevou mais a fasquia com uma série do outro mundo, uma média de 9,2 de execução e um TOF também a condizer. Ricardo Santos ou como alguém já lhe chamou “The Next Big Thing”, fez outra série do outro mundo, não dando nada a perceber que tem uma pequena lesão no joelho. 9.4 de média de execução, um TOF extraordinário e bom nível de dificuldade! Diogo Ganchinho completa o rol de uma equipa de luxo que se mostrou na F1 do Europeu, que felicidade que é ver uma equipa deste nível a este nível, mais uma nota acima dos 9 de execução.
Tiago Lopes iniciou as F2 após uma paragem inicial nos saltos em extensão. Jogou pelo seguro e fez muito bem, série bem feita, com menos dificuldade do que consegue, mas garantindo os 20 saltos importantíssimos. Diogo Abreu ia começando mal com um triffis muito comprido, para o limite da tela, mas manteve a calma necessária e recuperou para realizar uma série a girar bastante, com um elevado nível de dificuldade e entrada na final individual. Já Ricardo Santos não conseguiu manter o nível da F1, entrou cheio de confiança, mas exagerou logo no triffis inicial com uma abertura cedo demais, levando a uma falha grave no 2º salto que o atirou para a banquete, pena para o Ricardo que teria aqui oportunidade de mostrar todo o seu potencial. Diogo Ganhcinho por seu lado, iniciou muito forte, teve uma pequena quebra a meio e recuperou novamente para terminar em grande e segurar o resultado da equipa. Mesmo no final, Diogo Abreu dependia do resultado do alemão Martin Gromowski para ir à final ou não, foi emoção até ao final, mas este foi muito forte e avançou para a frente de Diogo Ganchinho.
Resultados finais: Diogo Ganchinho 7º, Diogo Abreu 11º, Tiago Lopes 24º e Ricardo Santos 63º, a equipa apurou-se para a final num excelente 3º lugar que começa a ser natural.
Imediatamente após as preliminares de trampolim fomos para as finais de equipas de DMT e TU, na categoria Júnior.
No DMT, tempo de dar o melhor, o que tinha e o que não se tinha, a emoção é sempre mais que muitas nestas ocasiões, principalmente nas primeiras finais. Miguel Magalhães realizou uma série pouco correcta, falhando a box. Nestas coisas de equipa, o esforço é pelo grupo e foi o que fez Luís Afonso, que apesar da lesão contraída nas preliminares, fez 4 1 /, 4 – / para marcar nota e tentar minorar alguma potencial falha de um colega. Os russos estavam muito fortes a esta altura, difíceis de acompanhar, iríamos precisar de todo o potencial do Marco e do Tiago para os vencermos, já que estávamos em último lugar. Marco Laginha era o primeiro dos guerreiros, mas o esforço foi levado ao limite de tal forma que ficou curto de rotação no salto final e terminou com uma recepção falhada, contando apenas para um salto. Ficou o resultado por equipas sentenciado, Tiago Romão ainda saltou, fez uma excelente série, mas já nada conseguia fazer para evitar o afastamento do pódio.
No tumbling júnior feminino, foi tempo de “arriscar” tudo, começando por Beatriz Botelho e o seu 8 2 2 / no final após mais uma série super veloz. A sua irmã Inês também apostou na velocidade, mas jogou-se de forma inteligente, segurando mais uma boa nota com um 8 – – / altíssimo. Ficava apenas a faltar a Raquel, mas a liderança era das portuguesas. A Raquel cumpriu com o que se estava à espera, talvez com um pouco de entusiasmo a mais, já que o seu último salto resultou numa recepção difícil de controlar. Só faltava esperar um pouco para saber que tínhamos feito história uma vez mais, equipa CAMPEÃ DA EUROPA JÚNIOR DE TUMBLING FEMININO (!!!), empatadas com as inglesas.

Mais uma final logo a seguir, a de DMT júnior feminino por equipas. Mafalda Brás, mesmo lesionada no pé, cerrou os dentes e fez uma série sem comprometer. Não foi o caso de Sofia Correia, que deu o seu máximo, mas não conseguiu uma boa ligação de saltos e terminou o 2º salto com as mãos no chão, não contando o mesmo. Ainda assim, as falhas foram muitas nestas passagens. O 2º grupo começou melhor, com Beatriz Peng a realizar uma passagem de garra, elevando a nota da equipa, deixando para Mariana Carvalho a responsabilidade de elevar ainda mais a nota para melhorar o lugar final. Foi o que fez, apesar do primeiro salto não ter sido dos melhores, “sacou” um 8 – – < com uma mão em cima e outra em baixo para obter uma nota elevada e puxar portugal para mais uma medalha, desta vez a Prata, atrás das russas!
Em relação ao trampolim feminino, Andreia Robalo começou muito bem, teve uma pequena falha no final da série, mas cumpriu bem a sua missão. Sílvia Saiote continuou a onda de boas performances realizando mais uma magnífica série! Da mesma forma, Ana Pacheco elevou e de que maneira o nível da sua série das preliminares para as finais, completando as 3 notas mínimas necessárias. Beatriz Martins fechou com chave de ouro a participação portuguesa nestas finais femininas, sem exagerar na dificuldade ou na execução, fez 100% o que lhe competia. A equipa deve estar orgulhosa do caminho que percorreu e muito satisfeita com o resultado histórico que atingiu uma vez mais.

No trampolim masculino, Tiago Lopes foi o primeiro a saltar e fê-lo de forma a entusiasmar o público, não mais do que Diogo Abreu que girou uma vez mais de forma absolutamente fantástica na sua série de 16,80 de dificuldade, desta vez sem falhas no início e de forma muito consistente! O mesmo conseguiu Ricardo Santos com algumas alterações à sua série original e algum travelling, mas com uma garra incrível, fantástico feeling entre os portugueses que terminou com a exibição de Diogo Ganchinho e mais história escrita! Uma série longe de ser limpa, com falhas nos deslocamentos e a recuperar muito bem e com muita calma. No final, uma emoção enorme quando apareceu no ecrã que os portugueses foram Vice Campeões da Europa, mais uma página de história escrita!

Mais um dia muito longo mas fantástico para os trampolins em Portugal: 2 finalistas em TU individual júniores, 2 finalistas em DMT individual júniores, 1 finalista em TR individual séniores, 1 equipa de DMT júnior masculino finalista, 1 equipa de TR sénior feminino finalista, 1 equipa VICE CAMPEÃ DA EUROPA sénior em TR masculino, 1 equipa de DMT júnior Vice Campeã da Europa e 1 equipa CAMPEÃ EUROPEIA JÚNIOR DE TUMBLING!


