Euro 2014 – 2º Dia

2º dia de competição, teremos em competição:

10:00 Qualificação TU e DMT Séniores: Frederico Rodrigues 1º (1º grupo) Paulo Cruz 6º (1º grupo) Nuno Silvano 9º (1º grupo)

Joana Pereira 9ª (2º grupo) sílvia Saiote 11ª (2º grupo) Ana Robalo 13ª (2º grupo) Mafalda Prazeres 14ª (2º grupo)

André Fernandes 13º (2º grupo) Diogo Costa 15º (2º grupo) André Lico 17º (2º grupo) Bruno Nobre 18º (2º grupo)

14:30 Qualificação TRI Júniores: Mariana Carvalho 3ª (1º grupo) Ana Ramos 6ª (1º grupo) Sofia Correia 9ª (1º grupo) Ana Gomes 11ª (1º grupo)

Marco Laginha 20º (2º grupo) Tiago Costa 22º (2º grupo) Pedro Ferreira 24º (2º grupo)

19:00 Finais por equipa TU e DMT Séniores

20:15 Finais por equipa TRI Júniores

2º dia de competição é um dos mais importantes, uma vez que está em jogo o DMT Masculino e Feminino, as modalidades com mais tradição em Portugal. A competição não foi muito forte, representou uma excelente oportunidade para ficar com algumas medalhas em “casa”.

No DMT Feminino, as séniores realizaram séries muito seguras. Todas se mostraram super focadas e as primeiras passagens foram excelentes por parte de todas, com destaque para Mafalda Prazeres, mas a diferença entre as primeiras 3 portuguesas foi de apenas 0,40 pontos. No final da segunda passagem, tudo ficou decidido, com uma recuperação notável de Sílvia Saiote, arriscando tudo na dificuldade! Pequenos desacertos de Ana Robalo e Mafalda Prazeres deixaram-nas à beira das finais, mas com sentimento de dever cumprido, já que fizeram excelentes passagens todas elas. Destaque para Joana Pereira que ficou muito feliz com o resultado final das preliminares. Joana Pereira (2), Sílvia Saiote (4), Mafalda Prazeres (5), Ana Robalo (6) – Muitos parabéns, primeiro lugar por equipas para as finais!

A competição de TU foi a única que teve um português em 1º, Frederico Rodrigues abriu (e bem) a competição. Paulo Cruz realizou igualmente uma boa série, com 3 duplos empranchados e apenas alguma flexão de pernas, ao passo que Nuno Silvano optou apenas por 2 duplos, com melhor execução e melhor recepção. No final da 1ª série a ordem portuguesa era a seguinte: Paulo C., Frederico R., Nuno S. 2ª passagem de TU, não começou da mesma maneira. O Frederico não conseguiu seguir bem do 8 2 2 / e não completou a série. Já Paulo Cruz, após alguma espera, fez uma brilhante 2ª série com 8 2 2 / a meio e 8 2 2 o  no final com uma recepção boa. Nuno Silvano fechou o 1º grupo com algumas falhas, a passagem do 8 2 – / não correu como esperado, ainda foi até ao final, mas o 8 2 – o final teve recepção na pista com ressalto e recepção com mãos na pista. Excelente prestação do Paulo Cruz, insuficiente para marcar presença na final, mas ficou em 13º, primeiro não reserva, um óptimo resultado!

No DMT Sénior Masculino, André Fernandes iniciou as “hostilidades” não da melhor maneira. O primeiro salto ficou muito curto e não conseguiu manter a recepção do 8 3 3 /, contando a série para 2 saltos mas com penalização grande na recepção. Uma entrada similar para Diogo Costa, penalização de zona central, mas no caso, manteve a calma e o 8 3 3 / foi para a zona central. As entradas curtas foram o prato do dia para os portugueses com André Lico a fazer 8 – 5 < curto e com pouca rotação, ficando igualmente sem rotação no 2º salto e caindo para a frente na recepção. Bruno Nobre deu uma “pedrada no charco” no que diz respeito a saltos de entrada e mostra que o 3º lugar no Mundial lhe deu muita confiança e anos de vida! 2ª passagem para todos, começando por um André Fernandes desinspirado hoje. Apesar de um bom primeiro salto, o 8 2 2 / foi muito comprido, terminando na zona de penalização mais elevada. Diogo Costa pediu para corrigir a posição do DMT antes de saltar, arriscou com 12 – – 1 o de entrada e apesar de ter sido bastante penalizado na execução, conseguiu seguir e terminou fora da box, mas com série completada. André Lico realiza um altíssimo 8 2 1 /, mas o 8 1 5 < é lateralizado e fora da box, não consegue recuperar e fica fora da final. Bruno Nobre mantém a sua toada de segurança e aterra na box, fundamental para o seu 4º lugar na final. Contas feitas, Bruno Nobre 4º, Diogo Costa 5º, André Lico 10º, André Fernande 12º. Umas preliminares com algumas falhas, deram 2º lugar para as finais por equipas, atrás dos insuspeitos russos.

Pausa para almoço, falar com os familiares, colegas de equipa, treinadores, dirigentes e juízes sobre o que se passou e voltar à carga no Trampolim!

As mais novas saltaram no 1º grupo, prontas para dar o máximo. A 1ª a entrar em acção, Mariana Carvalho, escondeu e de que maneira a falta de treino que teve por lesão, realizou uma óptima série! Ana Ramos segue-lhe as pisadas à excepção do rudy, onde teve deslocação e falhas graves de execução, tendo sido penalizada por isso, porque foi uma série ao nível do que nos habituou – excelente forma. A nossa “sushi” Sofia Correia mostrou a fibra de que é feita! A nota pouco importa aqui porque mostrou uma enorme garra e categoria para andar nestas lides, assim o desejamos para um futuro longo! Provavelmente a ginasta mais experiente das inexperientes, Ana Gomes, mostrou que a equipa está muito consistente e homogénea. Elevada segurança e qualidade! 2ª passagem começou de óptima maneira para a “Mini” que manteve a calma e garra ao longo da série toda, a melhor maneira de puxar pelas colegas. Infelizmente a Ana Ramos não conseguiu acompanhar a Mariana e após o 2º elemento ter sido invertido, não conseguiu recuperar o centro do trampolim, tendo terminado o 4º na protecção de topo. Ficou desolada apesar de termos a certeza que deu o máximo! Na 2ª série, Sofia Correia já não conseguiu fazer tão bem como sabemos que faz, um deslocamento logo no início da série fez com que andasse até ao final a recuperar altura e o centro do trampolim. Ainda assim, conseguiu uma boa pontuação e está de parabéns pela evolução que tem tido e dedicação e horas de ginásio que com certeza gasta. Para terminar a prestação da equipa, Ana Gomes realizou uma série simples, mas muito bem feita, como ela sabe. Terminou o grupo em 2º, apenas atrás da Alemã. Boa prestação das raparigas, com as respectivas classificações individuais: Ana Gomes 12ª (2ª reserva), Mariana Carvalho 15ª, Sofia Correia 26ª e Ana Ramos 55ª, equipa classificada para a final em 4º!

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No 2º grupo, os rapazes também mostraram elevada qualidade, logo desde o início, com uma excelente F1, Marco Laginha, aleado a um TOF também elevado. Tiago Costa manteve o elevado nível, mas o outbounce final foi para a protecção, baixando consideravelmente a nota final. As boas performances continuaram com uma grande série de Pedro Ferreira, ao nível que nos tem habituado. 2ª série não começou da melhor maneira, já que Marco Laginha realizou o 2º elemento invertido e terminou o 3º na banquete, deitando por terra as aspirações, que já estavam complicadas, da equipa. Tiago Costa realizou uma 2ª série também com falhas, alterando a série devido a lateralização e travelling, no entanto, terminou os 10 saltos como se exigia. Pedro Ferreira realizou uma série de sonho, não isenta de falhas, mas assegurando a passagem às finais e a possibilidade de se qualificar para os Jogos Olímpicos da Juventude que se realizarão em Nanjing (CHN) ainda este ano. Fantástica prestação da jovem promessa que é já uma confirmação, Pedro Ferreira! Resultados finais: Pedro Ferreira 4º, Tiago Costa 24º e Marco Laginha 54º. Equipa 10º.

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Finais por Equipas, diferentes do que são as dos mundiais, já que todos os elementos das equipas saltam, dando margem para 1 falha. Não foi o que sucedeu a André Fernandes, que realizou uma passagem quase limpa, pena que tivesse posto o pé fora da box na recepção no único passo que deu. Diogo Costa, o 2º português em acção, realizou a série com que terminou em 1º nos CMGI de 2013 também com pequena falha na recepção, directo para a zona B e com um pequeno passo, mas com boa execução, suficiente para passar os russos que fizeram o mesmo mas com menos execução e dificuldade. André Lico tinha a oportunidade de fechar as contas a favor de Portugal, alguma pressão, mas sabemos que se há alguém que sabe aguentar pressão, é o André. Foi o que fez, uma fantástica passagem a selar a victória, faltava aguardar pelas passagens dos russos. A confirmação veio após a passagem de Bruno Nobre e do último russo. Nobre não conseguiu aumentar a nota final da equipa devido a um salto inicial comprido e um segundo salto com pouca execução. Zalomin fez a sua habitual série com muitas piruetas, falha na recepção e menos execução do que já fez…suspense final e…vitória para os Russos, balde de água fria e com a sensação de que teríamos sido superiores. Uma diferença de 1 ponto separou as duas equipas a favor dos russos. Parabéns aos russos, 2 elementos fizeram a diferença pela dificuldade, pena que não tenhamos conseguido a vitória que o público merecia.

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Na última final do dia para as cores nacionais residia a equipa que se tinha revelado mais forte entre todas, a equipa feminina de DMT. Nenhuma deixou os créditos por mãos alheias. Começou com uma série a arriscar um pouco mais de dificuldade por parte de Joana Pereira, confiante após as preliminares que fez. 8 – 1 <, 8 1 1 < com recepção na box! Falha da russa deixou a equipa sem margem para falhas. A 2ª portuguesa Sílvia Saiote optou por segurar com 8 – 1 o, 8 2 2 /, pequena falha na recepção, mas boa nota final a deixar boas perspectivas. Ana Robalo foi a 3ª em prova, mostrando a garra toda que tem, ligeiras incorrecção nas pernas, recepção quase perfeita apenas com um passo garantindo 3 boas notas e margem para Mafalda arriscar. A luta foi até ao final com as russas, uma vez mais, após Mafalda não ter conseguido aumentar a nota da equipa devido a uma série curta quer no 1º salto quer na recepção, mas não importava já que o ponto de diferença foi devolvido no feminino e as 4 magníficas sagraram-se CAMPEÃS DA EUROPA!

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De volta à “realidade”, as nossas “meninas” tiveram final por equipas, algo importante e que aconteceu poucas vezes até agora. Mariana Carvalho, foi “Maxi” na sua série, mostrou que apesar da lesão que teve, conseguiu fazer um europeu brilhante até aqui e ainda tem uma final para disputar!Outra ginasta na final a representar a equipa foi Ana Ramos, que mostrou que a falha nas preliminares foi uma coisa rara que aconteceu, tendo voltado à sua realidade, uma óptima performance!
Sofia “Sushi” Correia foi a 3ª nota da a entrar, mas com falhas, logo desde o início e terminando o 10 elemento na protecção. Pena para a Sofia, terá com certeza mais oportunidades no futuro.
Ana Gomes era a última a saltar para tentar dar uma oportunidade de medalha a Portugal. Mostrou toda a sua elegância e mestria na sua série simples para dar essa oportunidade.
Com este resultado, portugal conquista um histórico resultado de 3º por equipas em trampolim júniores, que mostra bem o desenvolvimento que tem vindo a ser feito com as nossas ginastas, muitos parabéns por mais uma medalha, desta vez bronze! Se não nos falha a memória, nunca antes portugal tinha conseguido uma medalha por equipas, nem em júniores nem em séniores, é portanto brilhante esta classificação! Muitos parabéns a todos, desde ginastas a treinadores, dirigentes, pais e fãs!

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Jornada de vitória, 1 medalha de ouro, 1 medalha de prata, 1 medalha de bronze e 5 apuramentos para as finais individuais!

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